Naufrágio no Rio Anajás: estiagem severa expõe riscos para transporte fluvial no Marajó

Barco que fazia a linha entre a Vila Humaitá, em Ponta de Pedras, e Anajás afundou na noite de quinta-feira, 28 de novembro, causando prejuízos, perdas materiais e um grande susto.

imagem de divulgação

Na noite de quinta-feira, 28 de novembro, um naufrágio ocorreu no Rio Anajás, próximo à comunidade Vila Betel. O barco, pertencente a Cleber Paiva, realizava a rota entre a Vila Humaitá, no município de Ponta de Pedras, e a sede do município de Anajás, no arquipélago do Marajó. A embarcação fazia paradas em várias comunidades ao longo do trajeto, transportando passageiros e mercadorias para pequenos comércios locais, o que resultou em prejuízos significativos.

De acordo com moradores da região, a forte estiagem que atinge o Alto Rio Anajás tem reduzido drasticamente o nível do rio, expondo embarcações a troncos e pedras submersos. Árvores e galhos no fundo do rio teriam perfurado o casco do barco, levando ao afundamento total da embarcação.

O comandante João, que estava à frente da lancha no momento do acidente, foi a única vítima ferida, sofrendo um impacto na cabeça. Ele foi levado para a comunidade de Peixe Boi, localizada nas proximidades do acidente, onde recebeu atendimento médico em um posto de saúde.

Vídeos gravados por moradores mostram ribeirinhos utilizando lanternas para socorrer os passageiros e tentar resgatar parte das mercadorias que estavam na embarcação. Apesar dos esforços, o naufrágio representou um grande prejuízo para o proprietário do barco, além de transtornos para os comerciantes que dependem do transporte fluvial para abastecer seus negócios.

 O Rio Anajás, que conecta os municípios de Anajás e Ponta de Pedras, é uma via essencial para as populações locais, especialmente para o transporte de passageiros e mercadorias. No entanto, a estiagem extrema, agravada pelas mudanças climáticas, tem tornado a navegação cada vez mais perigosa, expondo as comunidades ribeirinhas a grandes desafios e à necessidade de maior atenção à segurança fluvial.

Felizmente, não houve vítimas fatais no incidente, mas ele serve como um alerta para a população que depende do transporte fluvial na região do Marajó. O naufrágio evidencia os impactos da crise climática sobre as vias fluviais e destaca a urgência de políticas públicas que mitiguem esses riscos, garantindo maior segurança para os moradores da região.






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