Faleceu nesta quarta-feira, 20 de novembro de 2024, o bispo emérito do Marajó, Dom José Luiz Azcona Hermoso, aos 84 anos. Ele estava internado há alguns meses em um hospital em Belém, onde tratava um quadro de obstrução intestinal causado por um câncer de pâncreas. Nos últimos dias, Dom Azcona recebia cuidados paliativos da equipe médica.
Nascido em março de 1940, em Pamplona, na Espanha, Dom Azcona foi ordenado bispo pelo Papa João Paulo II em 1987. Durante quase três décadas, liderou a então Prelazia do Marajó, permanecendo à frente da diocese até 2016, quando se tornou bispo emérito.
Dom José Luiz Azcona ficou amplamente reconhecido por sua incansável defesa dos direitos humanos no Marajó, uma região marcada por desafios sociais, econômicos e ambientais. Ele se destacou pelo enfrentamento das injustiças, da exploração sexual e da violência que afetam as comunidades locais, especialmente as mais vulneráveis, como os ribeirinhos.
Ao longo de sua trajetória, Azcona foi um crítico severo das desigualdades sociais e dos modelos de desenvolvimento que negligenciam a dignidade humana e a preservação ambiental. Seu trabalho pastoral e ativista fez dele uma referência para os católicos da região marajoara e um símbolo de resistência na luta pelos direitos dos povos do Marajó.
Nota de Falecimento da Prelazia do Marajó
Com imenso pesar, a Prelazia do Marajó comunica o falecimento de seu Bispo Emérito, Dom José Luís Azcona Hermoso, ocorrido na manhã desta quarta-feira, 20 de novembro de 2024. Dom Azcona estava internado em cuidados paliativos no Hospital Porto Dias, em Belém.
Nesse momento de dor, a Prelazia louva a Deus pela vida e ministério de Dom Azcona, pedindo ao Senhor Bom Pastor que o acolha em sua misericórdia e lhe conceda o descanso eterno.
O Legado de Dom José Luiz Azcona: Um Farol de Esperança e Coragem para o Marajó
Em uma postagem nas redes sociais, irmã Henriqueta, amiga pessoal de Dom Azcona e presidenta do Instituto Dom Azcona (IDA), expressou sua profunda dor e reverência ao legado do bispo. "Dom Azcona não apenas pregava o amor e a compaixão, mas as vivia intensamente. Ele foi o defensor incansável dos mais vulneráveis, sempre presente para aqueles cujas vozes eram ignoradas", escreveu.
Seu exemplo de fé, coragem e dedicação à causa dos mais fracos do Marajó permanece vivo, sendo uma inspiração para todos aqueles que continuam a luta por justiça e dignidade na região. A perda de Dom Azcona é imensa, mas seu legado de amor e compromisso com os marginalizados jamais se apagará.

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