Tradição e Cultura no Marajó dos Campos: A Evolução das Corridas de Cavalos no Arquipélago
https://www.youtube.com/watch?v=xk7D_Ud7sdg
Na parte oriental do arquipélago marajoara, também conhecido como Marajó dos Campos, preservam-se e reinventam-se tradições que são tanto centenárias quanto milenares. Entre essas tradições, destaca-se a corrida de cavalos, conhecida localmente como "porfia". Esta prática é um reflexo da rica herança cultural da região e da profunda conexão dos marajoaras com a pecuária.
As porfias, como são chamadas essas corridas, têm raízes profundas na história do Marajó. Elas surgiram a partir da introdução do cavalo marajoara, uma raça equina que se adaptou perfeitamente às condições da região. Segundo o historiador Agenor Sarraf Pacheco, essa tradição remonta ao período da ocupação religiosa dos carmelitas, mercedários e jesuítas na região, como descrito pelo escritor Miranda Neto em seu livro Marajó: O Desafio da Amazônia. Os padres missionários, seguidos por fazendeiros e criadores, foram responsáveis pela introdução e desenvolvimento da pecuária na ilha, incluindo a criação de cavalos.
No decorrer do século XX, a corrida de cavalos se consolidou como uma prática altamente valorizada pelos moradores dos municípios do Marajó. As competições, conhecidas pela emoção e entusiasmo que despertam, são uma verdadeira celebração da cultura local.
Hoje, a porfia continua a ser um evento significativo, onde não apenas o cavalo marajoara participa, mas também o cavalo mestiço e o icônico "Puruca", o mini cavalo do Marajó. Esses eventos atraem espectadores de toda a região, que se reúnem para testemunhar a habilidade dos cavaleiros e a agilidade dos cavalos em um espetáculo de tradição e paixão.
Para uma visão mais aprofundada da porfia e da cultura marajoara, assista ao vídeo do evento, disponível aqui.
A corrida de cavalos no Marajó não é apenas uma competição; é uma expressão da identidade cultural dos marajoaras, que continua a se ressignificar e a encantar novas gerações.
.jpeg)
0 Comentários